Eles decidiram que não haverá gravadora como parceira. A dupla parece, aos poucos, entender o que muitos esperam deles: uma dupla diferenciada que mostre cada vez mais como é possível ser importante no mercado musical sem fazer a música da moda.
Assumir esse lado implica no risco de que o sucesso explosivo nunca venha, mas em contrapartida, ajuda a traçar uma carreira duradoura e respeitável.
O novo CD se chamará “Lado A e Labo B”. De um lado, um CD só com modas de viola, com algumas antigas e várias inéditas. Do outro, o estilo mais atual da dupla, misturando viola com guitarra, e com arranjos mais “modernos”, para utilizar o termo da moda.
Tudo o que cerca a dupla é diferente, não é apenas o quesito musical. A equipe que os acompanha não é gigantesca, o palco não é majestático, e o marketing é pequeno se comparado a artistas que dividem a programação de festas com eles. Mesmo com essas particularidades todas, eles não ficam atrás de ninguém em suas apresentações.
O respeito que eles adquiriram, no entanto, não os permite comodidade. Longe disso. Espera-se um CD que justifique a defesa que os descontentes com a atual música sertaneja fazem deles. A entrada deles no público jovem é grande, principalmente com universitários. O passo que esse CD buscará cumprir é mostrar ao público mais antigo, e muito descrente, que esses “meninos” realmente são diferenciados.
O “Lado A” do CD, que tem a maior parte das modas de viola compostas pelo próprio João Carreiro, pode ser o trunfo desse novo projeto.
Creio que os defensores mais ferrenhos da música sertaneja tradicional se animarão com esse trabalho.
O álbum também chega às lojas em novembro.
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